Sexto livro da colecção dos Reis Malditos!! E na realidade, o último. Porquê? Explico no post do sétimo livro.
Já andava de volta desta colecção há imenso tempo. Adorei-a mas não a quis ler toda de seguida. Por fim, lá me decidi a termina-la com alguma pena, porque é mesmo daquelas leituras que queremos ter sempre mais.
A Flor-de-lís e o Leão
("Le Lis et le Lion")
de Maurice Druon
★★★★★
Com a morte de Carlos IV extingue-se a dinastia dos Capetos. A ascensão dos Valois ao trono francês irá iniciar a Guerra dos Cem Anos.A semente da discórdia caiu em solo fértil das rivalidades económicas, ambições pessoais, os imbróglios jurídicos e os ressentimentos históricos. Fatalidades colectivas e trágicos actos individuais acontecem neste sexto volume da saga dos Reis Malditos.Uma personagem domina esses anos decisivos para o ocidente europeu: o conde Roberto de Artois. Ninguém teve mas empanho que ele em coroar o seu primo Filipe de Valois, e agora espera receber como pagamento a devolução das terras dos seus antepassados...
Depois de muitas preliminares para a Guerra do Cem anos, hei-la, finalmente. Demorou mas aconteceu e foi tudo tão bom. Como sempre, ler Druon é um prazer. Fiquei com muita pena de ver encerrados os últimos capítulos de várias personagens e em especial a de Roberto de Artois.
Para mim, ao fim destes livros todos, foi Roberto que deu vida a esta história. Todas as outras personagens são fantásticas mas nenhuma chega aos pés de Roberto. É aquela personagem que adoramos odiar. É impossível ser-se-lhe indiferente. É um homem terrível que só faz patifarias desumanas mas que trocemos sempre que as consiga fazer porque sabemos que dali vai sair algo espectacular. É uma sensação tão estranha torcer mas não torcer ao mesmo por uma personagem que sabemos que não merece o ar que respira. Daí ter gostado tanto de Roberto. Se ele sempre teve um grande impacto nos outros livros, aqui domina completamente a história.
Como isto é História Francesa e Inglesa, coisas que aconteceram mesmo, não considero isto spoilers mas é quando, no fim deste livro, que Roberto morre que tudo começa a perder o interesse. Adorei o facto de no livro, o próprio autor ter escrito que, como Roberto que era a sua personagem preferida, morreu, perdeu o interesse de escrever mais e passou não sei quantos anos à frente e fez só um resumo dos acontecimentos que foram sucedendo. E concordo inteiramente com o autor. Sem Roberto aquilo não é a mesma coisa.
Para mim foi um bom final, dispensava completamente o último livro.
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