Depois de terminar os primeiros três livros da Seleção que seguem a história de América e Maxon, a autora decidiu avançar no tempo e fazer agora uma Seleção mas com a filha de ambos, que é também a princesa herdeira de Illéa.
A Herdeira
de Kiera Cass
★★★☆☆
A Princesa Eadlyn cresceu a ouvir histórias intermináveis de como a sua mãe e o seu pai se conheceram. Vinte anos antes, America Singer entrou na Seleção e conquistou o coração do Príncipe Maxon - e viveram felizes para sempre.
Eadlyn sempre achou romântica esta história de encantar, mas não tem qualquer interesse em tentar repeti-la. Por si, adiaria o casamento tanto tempo quanto possível. Mas a vida de uma princesa não é inteiramente sua e Eadlyn não pode escapar à sua própria Seleção - por mais fervorosamente que proteste.
Eadlyn não espera que a sua história acabe em romance. Mas com o início da competição, um candidato poderá acabar por conquistar o coração da princesa, mostrando-lhe todas as possibilidades que se encontram à sua frente… e provando-lhe que viver feliz para sempre não é tão impossível como ela pensou.
Pessoalmente tenho a impressão que a autora quis continuar a série para se mostrar mais inclusiva, pois com esta nova Seleção temos coisas novas a acontecer em Illéa: É a primeira vez que vai haver uma mulher no trono e que vai ter uma Seleção, isto é (para quem não sabe), vai ter que escolher entre um grupo de 35 pretendentes o seu futuro esposo. Também há a adição de personagens de outras etnias, estilos de vida e LGBT. Mas, de qualquer forma, considero todas essas adições bastante positivas.
Penso que esta história não era necessária; ficava muito bem se tivesse tudo terminado no terceiro livro.
Neste livro exploramos o que aconteceu a personagens chaves dos livros anteriores mas elas passam para segundo plano. Seguíamos América e agora seguimos a sua filha.
Eadlyn, a personagem principal, não é uma personagem com que venhamos a simpatizar. É uma princesa mimada, que quer tudo do jeito dela e acha que é perfeita em tudo, só colocando defeitos nos outros achando que só ela é capaz de fazer tudo bem. E depois fica admirada por o povo não gostar dela nem da ideia de ela vir a ser a rainha de Illéa.
Como ela própria dizia imensas vezes: "Ninguém é mais poderoso que eu!". E isso, até quando é dito de maneira mais positiva, soa-me mal.
Auto-estima e acreditar em nós próprios é importante, mas se há algo que aprendi nesta vida é que ninguém é mais importante e poderoso que ninguém; tem de existir sempre respeito pelo próximo e todos nós, de alguma maneira, nos completamos.
Adiante; é realmente complicado ler um livro em que não gostamos muito da personagem principal, mas a escrita mantém-se igual aos livros anteriores; continua breve e simples, fácil de acompanhar, o que não fez a leitura terrível.
Quanto à Seleção em si, achei tudo demasiado forçado e sem interesse com muito fraco desenvolvimento; e o motivo pelo qual decidiu fazê-la é ridículo.
O livro termina num cliffhanger que me fez pegar imediatamente no próximo livro...
A minha grande crítica a este livro é a própria Eadlyn. Custa-me a acreditar que a América e o Maxon tivessem criado uma filha com aquela péssima atitude que é o completo oposto deles. Mas, de qualquer forma (e felizmente), isso continua a tratar-se no livro seguinte.
Sem comentários:
Enviar um comentário