terça-feira, 28 de agosto de 2018

Good Omens

Vou começar da seguinte forma: Adoro Neil Gaiman mas não gosto da escrita de Terry Pratchett. Eu sei que é uma unpopular opinion e, lamento imenso, mas não consigo mesmo gostar.

Adiante, tinha este livro na lista para ler há já imenso tempo e tinha muita gente a aconselhar-me; lá cedi e fui ler.

Good Omens
de Terry Pratchett e Neil Gaiman

★★★


Este é o livro mais divertido alguma vez escrito sobre o Armagedão. Não vale a pena reler esta última frase, caro leitor, foi mesmo isso que se quis dizer. «Mas como é que um livro sobre o fim do mundo pode, de algum modo, ser cómico?» Ora aí é que está, caríssimo leitor, a explicação é óbvia – esta obra foi escrita por dois dos mais geniais autores de fantasy da actualidade. Ao sabor das suas endiabradas penas, até o mais inverosímil pode assumir a aparência de algo plausível! Neil Gaiman e Terry Pratchett criaram um texto que, ao fundir a fantasia e a comédia, resulta absolutamente jocoso, satírico inventivo e cheio de sabedoria. Desde o início dos tempos que Ele (Deus, o Diabo ou ambos em co–autoria conspiratória) haviam planeado o Armagedão, a Derradeira Batalha entre o Bem e o Mal, o fim do mundo tal como o conhecemos. E havia séculos que os demónios (e os anjos?) trabalhavam nesse sentido. Era chegada a hora! Faziam–se agora os últimos preparativos e tudo se ajustava para a hecatombe final. Mas os desígnios de Deus (e do Diabo?) são, como se sabe, insondáveis e, vá–se lá saber porquê, uma pequena distracção, uma simples troca de bebés, coloca o recém–nascido Anticristo na família errada e voilà! tudo corre mal! Por serem todos grandes apreciadores dos prazeres terrenos, os representantes do Céu e do Inferno, os Quatro Cavaleiros (leia–se Motoqueiros) do Apocalipse e o próprio Anticristo decidem, pasme–se, tomar as rédeas dos acontecimentos e sabotar o Armagedão! O resultado já o leitor pode imaginar – uma leitura deliciosa que nos leva às lágrimas através de um riso de proporções apocalípticas. Diabolicamente hilariante.

Disenchantment

O mais recente primo das séries dos criadores dos Simpsons e Futurama chegou agora à Netflix!

Apesar de não ser a maior fã de comédia, tenho a tendência a gostar se for em formato de animação... Lá está, é uma maneira de dizer que gosto imenso de Futurama e vi imensos episódios dos Simpsons sem nunca me aborrecer (isto focando-me apenas nos que têm os mesmos criadores).

Quando Disenchantment foi anunciado fiquei automaticamente interessada. Humor negro na época medieval, com fantasia e uma princesa pouco feminina?! I'm in!!!

Disenchantment

★★★☆☆½

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Ant Man and The Wasp

É verdade que ando saturada dos filmes da Marvel. Segui todos religiosamente no cinema por 10 anos e até me custa dizer isto, mas é verdade.

Este ano, finalmente, aconteceu a primeira parte do evento pelo qual mais esperávamos: A Infinity War. Gostei muito do filme e quero muito a segunda parte para saber como esta fase termina! Mas penso que, depois dele, vou parar de ir ver os filmes ao cinema e aguardar que saiam para DVD... Mas até lá, vou ver todos que saírem antes. Tal como foi o caso do Ant-Man and The Wasp.


Ant-Man and The Wasp

★★★☆☆


FairyLoot Julho 2018: The Power Within

Cá estamos nós para falar da FairyLoot de Julho que tem um tema que me despertou imenso a atenção: The Power Within. Quem não gosta de personagens que têm um poder secreto dentro de si? Seja magia, determinação, força...?

Para este mês foi-nos prometido os seguintes temas: Falling Kingdoms, Snow Like Ashes, Harry Potter, And I Darken, Sky in the Deep e Children of Blood and Bone.

Fora Harry Potter, ainda não li nenhum desses livros, mas já aprendi que a FairyLoot envia sempre itens fantásticos mesmo para quem não conhece a inspiração por trás deles.

Então vamos lá, neste mês recebi...

A Elite

É terrível como peguei tão rapidamente no segundo livro da Seleção. Mesmo sendo uma distopia, não faz nada o meu género - é demasiado focado em romance -, mas é viciante, preciso saber como vai acabar. É uma leitura bastante leve e perfeita para este tempo quente de Verão.

A Elite
de Kiera Cass

★★★☆☆



A Seleção iniciou-se com 35 raparigas. Agora, com o grupo reduzido a 6, a Elite, a competição para conquistar o amor do Príncipe Maxon é mais feroz do que nunca.
Quanto mais perto América se encontra da coroa, mais se debate para perceber onde está verdadeiramente o seu coração. Cada momento que passa com Maxon é como um conto de fadas, instantes cheios de romantismo avassalador e muito glamour. Mas sempre que vê Aspen, o seu primeiro amor, é assaltada pelo desejo da vida que tinham planeado partilhar.
America anseia por mais tempo. Mas enquanto se sente dividida entre dois futuros, o resto da Elite sabe exactamente o que quer e a oportunidade de América para escolher está prestes a desaparecer.

domingo, 19 de agosto de 2018

Grace & Fury

Este livro criou-me bastante interesse assim que o folheei. 
Foi um dos livros que recebi de uma das minhas subscrições mensais e nunca tinha ouvido falar; o que era normal, pois quando o recebei era uma advanced reading copy, isto é, o livro ainda não se encontrava disponível para venda.

Como uma pessoa que até gosta de se sentir especial/importante às vezes mesmo que não admita, esse facto ainda me puxou mais para a leitura. Ler algo primeiro que a grande maioria do mundo, uau!

Grace and Fury

de Tracy Banghart

★★★★★

Num mundo onde as mulheres não têm direitos, as irmãs Serina e Nomi Tessaro enfrentam dois destinos muito diferente: uma no palácio e outra na prisão.
Serina passou a vida inteira a treinar para ser uma Grace - uma das mulheres cuja a função é estar do lado do herdeiro do trono como um exemplo de mulher submissa e perfeita. Mas quando a sua irmã rebelde chama a atenção do herdeiro, é Serina que toma as culpas do perigoso segredo que Nomi guarda.
Agora presa a uma vida que nunca quis, Nomi tem apenas uma maneira de salvar Serina: render-se ao seu papel de Grace até pode usar a sua posição para  libertar a sua irmã. Mas é mais fácil dito que feito. Um traidor está dentro das paredes do palácio e mentiras espreitam em todas as esquinas. Mas Serina está a ficar sem tempo, presa numa ilha onde ela precisa de lutar até à morta para sobreviver e um movimento em falso pode-lhe custar tudo.

sábado, 4 de agosto de 2018

Linhas de Sangue

Ora, aqui está um filme que foi uma surpresa ir ver. Já tinha visto alguns posters no metro mas nunca olhei para eles com atenção, e o meu conhecimento de actores portugueses é entre o pouco a nulo; para além do mais, o poster gritava-me filme de porrada americano.
Sim, foi uma surpresa quando o Respectivo me enviou o trailer para ver, sugerindo ir ao cinema nessa tarde... Não estava à espera de ser um filme português.

Linhas de Sangue
★★★☆☆½


Nada contra filmes portugueses! Devo de admitir que abomino novelas e acho as nossas poucas séries, na sua grande maioria, decepcionantes... Mas os temas abordados no nosso cinema são, sinceramente, coisas que não me puxam. 
Mas este filme conseguiu deixar-me intrigada. Acho que nunca houve nada português deste género.


Temos aqui uma mistura de violência gratuita e humor negro claramente influenciado por Tarantino. Todo o filme respira Tarantino: várias histórias bizarras que acabam interligadas, visuais altamente sexuais e tiros e mais tiros.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Oceano no Fim do Caminho

Como explicar as histórias de Neil Gaiman?
Sempre tive essa dificuldade e, sinceramente, continuo a ter.

Já tinha saudades de ler algo dele, por isso peguei neste livro pequenino que achei que seria perfeito para ler em apenas algumas horas e, uma vez que ia passar o dia num consultório médico, nada melhor para me distrair. 

O Oceano no Fim do Caminho
de Neil Gaiman

★★★★★


Este livro é tanto um conto fantástico como um livro sobre a memória e o modo como ela nos afeta ao longo do tempo. A história é narrada por um adulto que, por ocasião de um funeral, regressa ao local onde vivera na infância, numa zona rural de Inglaterra, e revive o tempo em que era um rapazinho de sete anos. As imagens que guardara dentro de si transfiguram-se na recordação de algo que teria acontecido naquele cenário, misturando imagens felizes com os seus medos mais profundos, quando um mineiro sul-africano rouba o Mini do pai do narrador e se suicida no banco de trás. Esta belíssima e inquietante fábula revela a singular capacidade de Neil Gaiman para recriar uma mitologia moderna.