sábado, 2 de abril de 2016

A Floresta de Mãos e Dentes de Carrie Ryan

Há mesmo muito, muito, muito tempo que não lia nada de zombies e até lhes acho muita piada (penso que lhes perdi um pouco o interesse quando ficaram fora de moda...) por isso já que encontrei este livro a um bom preço e me pareceu minimamente interessante... Lá foi.
Foi realmente uma compra de impulso: Três livros por 12€ e só faltava um. Acabou por ser esse o escolhido à pressa. Só depois quando cheguei a casa é que vi que na capa dizia que o livro tinha feito o mesmo aos zombies que Twilight tinha feitos aos vampiros... Arrependi-me logo, por isso, como era pequeno, decidi logo lê-lo para me ver livre dele, só para não ter gasto dinheiro para nada. Acabei por me surpreender.

A Floresta de Mãos e Dentes
("The Forest of Hands and Teeth")
de Carrie Ryan
★★★☆☆

Mary sabe pouco sobre o passado ou sobre o porquê de no mundo existirem dois tipos de pessoas: os que residem na sua vila e os mortos-vivos do lado de fora da cerca, que vivem de devorar a carne dos vivos. As Irmãs protegem a Vila e promovem a continuidade da raça Humana. Depois de a sua mãe ser mordida e se juntar aos amaldiçoados, Mary é enviada às Irmãs para se preparar para o Casamento com o seu amigo Harry. Mas as cercas são quebradas e o mundo que Mary conhece desaparece para sempre. Mary, Harry, Travis, que Mary ama mas que está prometido à sua melhor amiga, o irmão de Mary, a sua mulher e um pequeno órfão partem rumo ao desconhecido em busca de um lugar seguro, respostas às suas perguntas e uma razão para continuar a viver.
Antes de mais, felizmente o livro não é de todo como Twilight! Realmente tem um triângulo amoroso extremamente mal feito mas não há nenhum romance entre uma humana e um zombie :')

Inicialmente o livro até me interessou. Um ambiente tenso, uma pequena aldeia envolta por uma cerca para se proteger dos mortos-vivos. Ela vive num ambiente rústico muito religioso. O livro realmente dá uma sensação de frio e de uma vida infeliz. Disso gostei, mas das personagens nem tanto. A personagem principal - Mary -, não posso dizer que gostei dela, mas também não posso dizer que não gostei. Foi-me na realidade indiferente. Por vezes irritava-me por estar sempre a insistir na mesma coisa mas fora isso, aguentava-se. As outras personagens estão lá porque têm de estar. A autora bem tentou criar personagens em desespero que viram toda a gente que conhecia a ser comida vida mas não conseguiu transmitir qualquer dor ou tristeza. Não sentimos nada pelas personagens. Foi uma tentativa de ser dramática falhada redondamente. As reacção são  muito forçadas e demasiado clichês. O final foi previsível. Pronto, o livro não criou um grande impacto. Achei a ideia interessante mas foi mal desenvolvida pela falta de empatia da escrita da autora. No entanto, admito, fiquei com alguma curiosidade de ler os outros livros... Talvez um dia.

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