sábado, 26 de março de 2016

A Senhora dos Rios de Philippa Gregory

Terceiro livro da Guerra das Rosas (Guerra de Primos) de Philippa Gregory. Foi o primeiro livro desta saga que criou o meu amor pela época Tudor em Inglaterra e que acentuou o meu interesse em romance histórico.

A Senhora dos Rios
("The Lady of the Rivers")
★★★★☆

Jacquetta é casada com o Duque de Bedford, regente inglês da França, que lhe dá a conhecer um mundo misterioso de conhecimento e de alquimia. O único amigo de Jacquetta é o escudeiro do duque, Ricardo Woodville, que está a seu lado quando a morte do duque faz dela uma viúva jovem e rica. Os dois tornam-se amantes e casam em segredo, regressando à Inglaterra para servir na corte do jovem monarca Henrique VI, onde Jacquetta vem a ser uma amiga próxima e leal da sua nova rainha. Depressa os Woodville conquistam uma posição no núcleo da corte de Lencastre, apesar de Jacquetta pressentir a crescente ameaça vinda do povo da Inglaterra e o perigo de rivais pretendentes ao trono. Mas nem a coragem e a lealdade dos Woodville bastam para manter no trono a Casa de Lencastre. Jacquetta luta pelo seu rei, pela sua rainha e pela sua filha Isabel, para quem prevê um futuro extraordinário e surpreendente: uma mudança de destino, o trono da Inglaterra e a rosa branca de Iorque.


Aqui trata-se a história de Jacquetta Woodville, mãe da rainha Isabel Woodville. Vai da sua juventude até ao momento em que a sua filha mais velha conhece o rei Eduardo IV com quem se irá casar, mudando a aliança da família de Lencastre para o seu rival, Iorque.

Apesar da narrativa ser focada numa personagem com pouco interesse no ponto de vista da História de Inglaterra, torna-se muito interessante pois Jacquetta esteve presente em todos os momentos vitais do desenrolar da Guerra das Rosas. Ela viu o início e ficar a conhecer a história "pelos olhos" de uma das personagens não principais dessas cenas foi uma experiência muito engraçada.

Ela foi uma das damas de companhia da rainha Margarida de Anjou, casada com Henrique VI da casa de Lencastre. Esteve presente no casamento dos dois, ainda muito jovens, do sono do rei, do nascimento do seu filho Eduardo e viu tudo a amargar e as primeiras acções que criaram a guerra. Por isso, cronologicamente este livro seria o primeiro mas é muito melhor lê-lo mesmo com o terceiro livro, pois serve para complementar o que já ficámos a saber em "A Rainha Branca" e em "A Rainha Vermelha" que nos contam o final da guerra de cada lado. É realmente uma experiência enriquecedora de informação.

O bom destes livros que é podemos ler um e ficarmos satisfeitos, sem ter que ler os outros. Mas quando decidimos ler mais ficamos com uma sensação de preenchimento de informação espantoso. Vermos mais peças a encaixar na história base, tornando aos poucos tudo ainda mais interessante.

No entanto este livro já pega um pouco mais na temática de adivinhação e bruxaria. Não é normal tal acontecer num romance histórico mas tendo em conta que realmente existiram rumores e acusações de bruxaria a Jacquetta e a Isabel consigo aceitar sem problemas esse tema no livro. Gregory é conhecida por tomar muita liberdade nos seus livros e por adorar adaptar rumores nunca confirmados como factos reais. O que uma pessoa deve de saber ao ler romance histórico é que nem tudo é verdade, grande parte sai apenas da cabeça do autor que segue fios condutores provados da História.

Agora é ver se pego no quarto!!

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